PRINCIPAL   I   FILMES    I   COLUNAS   I   AGENDA DE FESTIVAIS   I   VARIEDADES   I   
Alexander Mello   I   Cadu Valinoti   I    Felipe Cabral   I   Laila Domith   I   Convidados
     
   
FLORES RARAS  
Como as pessoas misturam suas personalidades quando vivem uma relação muito longa.

POR GLÓRIA PIRES
 
     
 
 
     

Uma das maiores estrelas da TV e do cinema brasileiros, Glória Pires atua pela primeira vez em inglês em Flores Raras, no papel da arquiteta Lota de Macedo Soares.

Como você entrou no projeto de FLORES RARAS para viver a arquiteta Lota de Macedo Soares?


Quando a Lucy (Barreto) me ligou para dizer que havia comprado os direitos do livro e estava interessada em contar a história de Elizabeth Bishop e Lota de Macedo Soares, fiquei muito feliz e empolgada em contar essa história. É uma história desconhecida para nós no Brasil. Quase ninguém sabe sobre a história de amor entre essas duas mulheres tão fascinantes.



Como foi sua preparação para viver Lota?

Posso dizer que eu me preparei para esse papel ao longo de todos esses anos. De vez em quando, a Lucy me ligava e me atualizava em que estágio estava o projeto. Quase todo ano, eu amadurecia um pouco mais a personagem. E acho que a maturidade me ajudou muito no processo.

Foi um grande desafio atuar em inglês?


Assim que soube que iria fazer o filme, minha maior preocupação foi com a língua. Foi a primeira vez que atuei em inglês. Há uma grande diferença, porque você precisa pensar o tempo todo em outro idioma. Em quase todas as cenas, você tem vontade de acrescentar alguma coisa – mas quando não é sua língua materna, é tão difícil... Mas acho que o resultado ficou bom... (risos)

Quando elas se conheceram, Bishop era muito frágil. Tinha muitos problemas de saúde – asma, alergias... E Lota era muito forte, com uma grande determinação e força de vontade. Mas no fim da vida delas, Lota estava muito doente. Elas trocaram de papel, e isso é muito interessante. É curioso, mas não tive muita preocupação com a linguagem corporal da Lota. Em Se Eu Fosse Você, eu trocava de papel com meu marido, e de certa forma isso serviu um pouco como exercício pra mim.



Como você e Miranda Otto construíram a intimidade de Elizabeth e Lota que aparece nas telas?

Foi muito importante pra mim construir essa relação com a Miranda e a Tracy (Middendorf, que vive Mary no filme). Conversamos muito sobre os nossos filhos, eles se divertiram juntos. Isso ajudou a construir a intimidade que devíamos ter em cena.
.

Para você, como foi elaborar a relação entre Lota e Elizabeth?

Chapman), a Julie (Sayres) e a Carolina (Kotscho) desenvolveram essa relação no roteiro já era muito elegante. Não penso que seja um filme sobre sexo, mas sobre a maneira como as pessoas misturam suas personalidades quando vivem uma relação muito longa. Elas viveram cerca de 15 anos juntas, construíram uma casa juntas. Bishop se redescobriu nesse período, e Lota pôde exercitar seu lado protetor. Ela era muito protetora com todos os amigos, era uma mãe para eles.


O filme faz uma ampla discussão de todos esses temas: duas pessoas de culturas diferentes e mesmo sexo, vivendo aquela realidade no Brasil dos anos 50, que era muito diferente dos EUA e da Europa – aqui, os homossexuais ainda eram perseguidos e presos, podiam ser colocados em sanatórios. Mas como elas eram de um nível social mais alto, tinham algumas facilidades – como viver fora do Rio, na propriedade da Samambaia, que era quase um sonho.

Como este é seu primeiro papel em inglês, você vê o começo de uma carreira internacional?


Não tenho nenhuma expectativa quanto a carreira internacional. Estou sempre procurando um personagem, um projeto interessante, uma história que precisa ser contada. Não sei, vamos ver...

Este filme foi um grande desafio. Não sei se, há 17 anos, eu poderia acrescentar tanto ao projeto como agora. Pela minha maturidade hoje, como mulher e como atriz. E me diverti bastante! (risos) 

Mais informações sobre o filme: facebook.com/floresrarasofilme

 
   
         
  É o 14º filme da carreira de GLÓRIA PIRES, que no cinema mantém longas parcerias com dois diretores. A primeira é com Fábio Barreto, irmão de Bruno, com quem estreou na tela grande em Índia, a Filha do Sol (1981). Seguiram-se o drama O Quatrilho (1995), indicado ao Oscar de filme estrangeiro, que lhe rendeu os prêmios de melhor atriz nos festivais de Havana e Viña del Mar (Chile); e Lula, O Filho do Brasil (2010), no qual viveu Dona Lindu, mãe do futuro presidente.

A segunda é com Daniel Filho, com quem rodou A Partilha (2001), O Primo Basílio (2007) e os dois Se Eu Fosse Você (2006 e 2008). Mais recentemente, Glória também estrelou a comédia É Proibido Fumar, de Anna Muylaert, que lhe valeu o Candango de melhor atriz no Festival de Brasília.
 
         
 
   
COMENTE  
 
 
 
         
  ANIMAÇÃO, ARTE E DIVERSIDADE
Diversidade na expressão artística como animador.

POR TOMAS WELLS
 
         
  VIVA O CINEMA QUEER
A essência de indivíduos, o sentido da existência humana, suas paixões e desejos.

POR PAVEL CORTÉS
 
         
  FLORES RARAS
Como as pessoas misturam suas personalidades quando vivem uma relação muito longa.

POR GLÓRIA PIRES
 
         
  SURFISTAS GAYS EXISTEM?
Para viver a sua paixão você precisa ser fiel a si mesmo.

POR ALVINO MENDES
 
         
     
Visite os Websites do Festival
RIO FESTIVAL GAY DE CINEMA 2011 / 2012 / 2013 / 2014
 
RioFGC.com ©2014 Cromakey. Todos os Direitos Reservados.