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UMA FAVELA COLORIDA POR HISTÓRIAS  
“Favela Gay” aborda a vida de homossexuais moradores de comunidades.

POR CADU VALINOTI
 
   
 
 
   
Becos e ruas cheias. Mototaxis subindo e descendo. A música que toca no bar da esquina. A vizinha que acorda mais cedo para estender a roupa no varal. Crianças e pipas em cima da laje. Uma mulher caminha por essas ruas. Ruas coloridas por gente. Coloridas por trabalhadores. Coloridas pelo cotidiano e por histórias. Ela poderia ser apenas uma moradora indo para o trabalho - um salão de beleza - mas é Martinha, uma das protagonistas do “Favela Gay”, documentário dirigido por Rodrigo Felha (“5X Favela: agora por nós mesmos”) e produzido por Cacá Diegues e Renata Magalhães.



Martinha é moradora da Rocinha. Desde sua infância percebeu que não era como qualquer garoto, se identificava mais com o universo feminino do que o masculino. Com o amadurecimento e a percepção de que havia nascido mulher, abandonou sua antiga identidade e foi batizada como Martha Júlia Shymytds por um grupo de travestis mais velhas da comunidade.

Tanto para Martinha quanto para Gilmar, também personagem do filme e presidente do Grupo Conexão G, no Complexo da Maré, assumir a homossexualidade foi difícil. Quando o líder comunitário contou para sua mãe, a vizinhança da rua foi espectadora. Essas e outras histórias fazem parte do documentário, em fase de finalização, com previsão de lançamento para o fim do ano.


Em frente a um ponto badalado frequentado por heterossexuais, em Rio das Pedras, jovens gays se beijam, transitam e convivem no mesmo espaço. Aproximando um pouco mais do point, o som diverge do que toca na rua. Ouvimos pop e música eletrônica. Dentro do bar, um show. Não um show qualquer, mas de uma drag queen. Destinado ao público gay, o local abraça frequentadores de todas as cores, não só da favela, mas de outras comunidades. Durante as filmagens, a equipe esteve presente em alguns programas voltados para o público LGBT morador de comunidade. Na Cidade de Deus, normalmente aos domingos, entre uma batida de funk e outra, um grupo se reúne em uma quadra para jogar queimado. Pela frequência das pessoas e por ser um jogo mais praticado por meninas, o esporte ficou conhecido como “Gaymado”..
 




“Favela Gay” passa pelas principais comunidades do Rio de Janeiro e tenta mostrar como é ser gay em uma favela. Não é algo fora do normal, afinal, gays existem em todo lugar, seja no morro ou no asfalto. Mas trata do assunto com a participação de outros signos – o tráfico, as igrejas evangélicas e a vizinhança. O filme também aborda as questões comuns de todo homossexual: homofobia, preconceito, aceitação da família, trabalho e o dia a dia com a sociedade, sem esquecer dos sonhos de cada um. “O que une os homossexuais em um grupo são os problemas que eles enfrentam, que são iguais, mas nada mais diferente que um homossexual do outro" – Jean Wyllys, um dos entrevistados, resume em uma fala, a cerne do filme.
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Sobre o filme: facebook.com/FavelaGay.

 
 
         
CADU VALINOTI é produtor de cinema e TV. Formado em Comunicação Social, com habilitação em Cinema pela PUC-Rio, tem experiência na produção de curtas, séries de TV, documentários e filmes publicitários. 

 
 
         
         
  UMA FAVELA COLORIDA POR HISTÓRIAS
A vida de moradores de comunidades.

POR CADU VALINOTI
 
         
     
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