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ANIMAÇÃO, ARTE E DIVERSIDADE  
Diversidade na expressão artística como animador.

POR TOMAS WELSS (TRADUÇÃO DE CADU VALINOTI)
 
     
 
 
     
Como animador, roteirista e acadêmico, observo a diversidade como único vínculo que poderia ter com a expressão artística, no meu caso, as imagens em movimento, quadro a quadro. Desde a multiplicidade, a focar no meu ponto de vista sobre os acontecimentos que brilham com luz própria, sendo possivelmente defeituosos, antiestéticos, antisisméticos e paupérrimos. Pessoalmente considero mais, com beleza e alento, a decadência do que a plenitude.

As grandes cidades latinoamericanas se destacam por sua condição eclética e por uma anarquia que nenhum sistema imposto conseguiria regular. Quero falar, por uma vez, desse lado do mundo (embora se estenda ao mundo ocidental por sua maioria que minoria). Esta questão da ânsia normativa é uma grande utopia que se concentra nas mãos de muitos poucos e portanto, tem pouca representatividade. A partir deles, pelo menos em sua aparência, pouco habilitados, e desde a publicidade que domina nossas vidas, seguiria os cânones de comportamento viável, o que poderia estabelecer e distinguir qual conduta a seguir, denominando assim, como finalmente normal.

Uma vida normal


E essa normalidade que transita diariamente, de forma ostesiva diante do nosso nariz, com publicidade em banners e na TV, arquétipos maneiristas de éxito inalcançáveis e estereótipos humanos que em seu conjunto mantém uma promessa impenetrável de felicidade nessa vida, provocam uma expressão artística mais genuína, o efeito oposto. A sede de lucidez e paixão de uma verdadeira obra de arte, se contrapõe diante deste monstro midiático como uma instalação que mostra, nua e debilitada, esse esforço infinito de regulamentar a heterogeneidade humana desde a sua institucionalidade.


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Concretamente me atrevo a defender que a arte, em sua complexa posição contemporânea, busca a idoneidade diante a maquiagem e estuque que encobre e “deturpa” a vida cotidiana. Tudo se torna mais complexo, no momento de explorar a validez de uma obra artística, estando transbordados pelas redes sociais e tecnologia que ajudam a reconhecer um mundo integrado, mas que às vezes confundem os limites da veracidade. Entretanto, sustento a ideia de que a tecnologia, em sua constante transformação, faz parte da diversidade de uma macro visão do mundo atual, imersa e embutida na criação. O processo criativo é único e silencioso na sua gestação íntima. A observação do infinito mundo diferente e a capacidade de contemplar a multiplicidade dos comportamentos humanos não excluem nem incluem tipologias ou fenômenos a “priori”. Esse processo sofre, sob o olhar da experiência vivida do criador, uma seleção intuitiva ou racional, sem preceitos nem fórmulas a seguir, mas desde a sua mais visão oculta e pessoal do mundo.


A animação como linguagem audiovisual em constante processo de busca e cada vez mais expansível, a partir do desenvolvimento constante da tecnologia, busca e remarca soluções estético-conceituais, em obras progressivamente diferentes e abertas. Esse leque de propostas autorais, que nascem desde o formato que inventa e constrói cada fotograma, da cabeça do criador, não poderia se revitalizar sem o reconhecimento e inspiração grandiosa da diversidade humana. Diversidade de cores, condutas, gestos, espaços de vida, céu, mar e terra. Energia pura.
 
   
         
  TOMAS WELSS é licenciado em Design na Faculdade de Artes, Universidade de Chile, Santiago. Pós-graduado em Cinema de Animação pela Academia de Artes de Stuttgart, na Alemanha, sob a orientação do professor Heinz Edelman, diretor do filme de animação "A Yellow Submarine”. Ele se especializou na arte da animação 2D. Seus filmes já ganharam vários prêmios, alem das retrospectivas da sua obra completa, apresentadas em festivais de cinema de fama mundial. Leciona nas universidades chilenas, além de ministrar oficinas e workshops na América Latina e Europa. Em 2013 foi juri do festival Diversidade em Animação, no Rio de Janeiro.  
     
 
   
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